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Estive pensando em escrever esta newsletter por um tempo, mas tenho mudado minha rotina e muitas coisas aconteceram neste início de ano. Por um momento, pensei em deixar a newsletter de lado por um tempo. A escrita em si, na verdade. Pausar.
Tenho escrito por tanto tempo. Livros. Contos. Crônicas. Textos aleatórios.
Apesar de amar isso, de sentar e escrever o que estou pensando ou contar uma história, sinto que preciso fazer uma pausa e descansar um pouco. Mas isso é difícil, porque amo isso.
No momento, enquanto minha rotina está se adaptando aos novos acontecimentos, tento trabalhar lentamente no meu livro de contos que lançarei em breve.
Lembro-me de quando voltei a escrever no ano passado. Especificamente, a escrita de ficção. Foi por volta de agosto, e eu estava ansioso para escrever contos que nunca havia escrito antes (é claro).
Foram cerca de vinte dias acordando às quatro da manhã. Um café e uma música boa para cada conto ganhar vida. Nesses dias, nasceu a nova versão de “O Robô Além do Bosque”, uma novela e mais de 10 contos.
Minha produção literária é extremamente produtiva quando coloco meu coração nela. Não sou do tipo que fica revisando várias vezes enquanto ainda tem ideias para escrever. Prefiro deixar a revisão para quando for fazer algo com aquele texto.
Então, quando decido escrever algo, preciso, do fundo da minha alma, sentar no mesmo horário todos os dias e escrever o máximo que posso. Não se trata de ser mais produtivo do que outras pessoas que escrevem, nem de ter mais livros ou contos. Não se trata de competição.
eu não tenho que provar nada para ninguém, especialmente a mim mesmo.
- Philip K Dick
Apenas sinto que passei muito tempo apenas tentando escrever, começando de novo, desistindo. Agora que sei como terminar, quero deixar as coisas seguirem seu curso natural conforme fluem em minha mente.
Se um conto está pronto em minha mente, não vejo motivo para não sentar às quatro da manhã e passá-lo para a tela. Se ele terá dez ou vinte páginas, não sei, apenas quero que ele esteja pronto para ser usado no futuro.
A mesma abordagem se aplica ao romance. Se tenho a ideia e já tracei os passos para a história, minha mente começa a elaborar um cronograma, mapeando o tempo que levarei para cada capítulo e somando o tempo que levará para finalizar o livro.
Sim, sei que não preciso ter pressa, e acredite quando digo que não tenho. Apenas amo contar histórias; escrever é outra história.
Se posso fazer, quero fazer. Isso ficou ainda mais intenso quando descobri a ficção científica. A ficção científica foi o que me destravou. Passar de um garoto que não conseguia terminar nada para um rapaz que consegue concluir seus projetos.
Encontrei na ficção científica um gênero que me permitia explorar questões filosóficas sem forçar a barra. Posso criar dúvidas sobre crenças e realidade, sem precisar bater com elas na cabeça do leitor.
Claro, é possível fazer isso com outros gêneros, mas eu não estava conseguindo na época, em 2019. A ficção científica me acolheu e mostrou que eu poderia ser o escritor que tanto desejava ser.
E agora, não sei, talvez eu precise descansar. Após escrever "Susan", fiquei quase um ano sem escrever nada até pegar nos contos no ano passado.
Tenho tantas histórias para contar, tantos projetos inacabados. Ainda quero escrever três romances, vinte e seis contos, duas novelas, duas coletâneas.
Isso não acontecera de hoje para amanhã. Mas não sei se conseguirei parar agora. Simplesmente amo fazer isso.
Estou maratonando os livros do Philip K. Dick, não é meu autor favorito, mas foi um dos primeiros que li na ficção cientifica que gosto, que tem mais a ver com o ser humano do que com a tecnologia em si. Os livros dele estão com promoção na Amazon, dá uma olhada.
Aqui você pode ler um texto gigantesco onde o Philip K. Dick conta como construir mundos.
antes de acabar quero deixar algo útil
o dólar está: R$4.89
você não entende muita coisa, mas faz sentido. na sua caixa de e-mail às quintas, o famoso crepúsculo da semana. ideias aleatórias como um vampiro que brilha.
Isso é tudo, mas é o suficiente.
- Ted Chiang
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