entrevista #01: Davi Gabriel
A parte mais importante do design é fazer com que todos os problemas sejam resolvidos. O resto são detalhes.
com 22 dois anos. Davi é um jovem que mora em Vilhena. designer gráfico e copywriter é também CEO da agência codi, um agência focada em social media para os empreendedores de sua cidade, e divide seus tempos fazendo freelas com identidade visual e sites.
como você está nesse momento da carreira?
— estou feliz e bem satisfeito neste momento. penso estar num momento de transição e com muitas mudanças que ainda podem acontecer.
conte sobre essas mudanças, tem a ver com a carreira?
— sim, penso em trabalhar com co-produção e com mais pessoas, quero direcionar meu esforço para outras coisas, focar mais em mim e deixar a agenciar meio terceirizada, focado em contratar pessoas para suprir o que fazemos atualmente.
falando sobre carreira, vamos falar de design, qual sua visão do design atual?
— não costumo enxergar o design gráfico só como uma profissão, penso mais em uma forma de enxergar o mundo, uma forma de pensar.
antes da ideia de estética o design vem para resolver problemas, o Alexandre Wollner que influenciou muito a galera que estava começando tempos atrás contumava dizer que “se o design não resolve o problema é arte por arte”.
e penso desse mesmo modo; design é sobre resolver problemas. no aspecto gráfico, a beleza faz parte da solução, mas não é só isso.
olhando para seu fluxo de trabalho, como funciona isso?
— a forma como penso em meu fluxo de trabalho é direcionada para isso: resolver problemas e buscar o que funciona.
os designers deveriam ser profissionais criativos que pensam além da estética.
como tudo começou, como o design chegou na vida do pequeno Davi?
— desde que comecei a estudar são sete anos.
comecei lá em 2014, meu role não era trabalhar com design. no ensino médio meus pais me colocaram num curso técnico de computadores e um professor me incentivou a participar de uma feira aonde me enquadrou no design.
começamos a estudar e treinar. e foi aí que começou, eu largava as aulas da grade para estudar design.
depois disso a parada começou a andar, depois do senai, não consegui emprego como o “cara que formata o pc da vizinha”.
então comecei a chamar o pessoal da igreja e ajudar com sites, porque estava na moda, todo mundo queria ter um site. e la pelos meus dezoito anos, trabalhei numa serigrafia e depois numa empresa de comunicação visual.
depois fui responsável pela comunicação da fundação cultural Vilhena, minha cidade.
só depois de ser exonerado do serviço publico por conta de uma reforma, pensei "vou seguir como freela total"
no entanto, tinha essa questão moral de morar com meus pais e eles meio que exigiam que eu tivesse uma carteira assinada. mesmo que isso mais gastasse dinheiro do que gerasse renda.
mesmo assim, comecei no freelancer full time e estamos aí há já dois anos.
uma coisa que eu sei que você gosta é o skate, tem algo que você tire disso para o design?
— ando bastante de skate, achei uma galera que anda de skate. mas além do design eu sou músico e é uma das melhores formas de exercitar a criatividade.
sinto que meus hobbies são boas fontes de escape, o criativo tem que se manter numa posição de tranquilidade.
tenho esses escapes para me manter ligado.
o skate eu praticava na escola e voltei agora, e é o tipo de coisa que faço quase toda semana, e acabo criando meu próprio circuito e tals, é o tipo de coisa que prefiro fazer sozinho em silêncio, para ficar distante dos problemas da vida.
penso muito na ideia do design sendo algo carregado por uma essencia que trazemos de nós mesmo, você tem algum estilo de vida que costuma seguir e coloca em seu trabalho?
— eu tenho e isso é guiado e vem de outra área.
que é o cristianismo e minimalismo, e tudo é influenciado por isso. o design e minha forma de me portar vem desses caminhos.
para mim, o melhor estilo de vida é esse, viver uma vida simples e correta, tentar sempre dar seu melhor, em qualquer ponto da vida agindo de forma consciente.
me considero um cara simples, e acredito que isso é o poder, buscar olhar para as coisas mais apresso e se manter mais presente nas situações.
você chega num ponto de entender que não é só estudar é estar presente nos estudos, estar focado nesse presente, fugindo dessa sociedade rápida, sou o tipo de cara que gosta de fazer algo 100% dando o meu melhor sempre.
para finalizarmos, vamos para o bate bola clássico da nius:
o que mais gosta de fazer?
— Trabalhar kkkkkk
o que faria se não precisasse ter dinheiro?
— Provavelmente, continuaria trabalhando
qual foi o último livro que leu?
— Crime e Castigo, de Dostóievski
uma comida.
— Churrasco
uma música.
um artigo/conto, só joga o link.
um sonho.
— Ler Tolkien pros meus Filhos
uma coisa aleatória que você poderia falar aleatoriamente para combinar com a nius.
— Beba água
um conselho.
— Beba água
mande um beijo para alguém.
— Um beijo pra Ana, minha namorada.
conheça o trabalho dele em:
não esqueça de inscrever-se na nius para conhecer mais pessoas incríveis assim.