Os dias tem passado de forma lenta. O que não é tão ruim como parece ser.
Ando focado em aprender mais sobre design em sua parte mais conceitual e quero aprender sobre história da arte.
Não sei se essas pequenas metas mais calmas tem feito meus dias ficarem mais calmos. Existe certa tranquilidade no trabalho e no dia-a-dia que não consigo explicar.
Aquela sensação de correria não existe da mesma maneira.
Ainda não criei uma boa rotina para dar uma atenção melhor para os estudos agora que iniciei uma graduação em design gráfico. O que vem meio que como uma bola de neve em pleno outono.
Mas isso estou levando com calma também.
Talvez um certo movimento estoico, tentando não ficar imaginando tudo que poderia ser feito.
“Sofremos mais na imaginação do que na realidade”. - Sêneca
Uma parte da filosofia estoica diz que nem todas as atividades são valiosas. Eles defendiam a importância de dizer não a atividades que não se alinham com seus valores ou objetivos.
Por um tempo fiquei pensando que isso tinha a ver em dizer não aos outros, mas o não vale para nós mesmos. Tem momentos que para não pirar, é melhor deixar de lado um projeto ou uma ideia.
Tem coisas que nem valem a pena serem iniciadas.
E acredito que isso tenha me ajudado a definir um — ainda embrionário — equilíbrio na vida.
Nessa onda recente de ajustes e entender o que faz sentido ou não. Encontrei nas decisões formas prosseguir com alguns planejamentos sem torná-los um peso cansativo que me fará desistir em dois dias.
Um exemplo é a ideia de estudar sobre história da arte. Não comecei a buscar livros ou cursos sobre. Financeiramente falando, não é um momento favorável.
Então achei alguns podcasts que falam bastante sobre e assim posso ouvir no trabalho e na academia.
Talvez meu problema sempre foi querer começar com coisas grandes. Livros e cursos completos sobre temas e sei lá.
Vejo que começar em pequenos pedaços tem me segurado na decisão de continuar e mesmo que eu não continue, não terei aquele peso de ter gastado uma grana enorme com aquilo.
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Nesses últimos dias estou sem o aplicativo do Instagram no meu celular. O que tem sido interessante, às vezes ainda dou uma olhada pelo pc, mas nada muito sério.
É estranho como o celular fica inútil. Apaguei meus e-mails. Exclui mensagens antigas. Respondi mensagens antigas. Limpei a galeria. Bloquei. Desbloquei.
Meu tempo no celular reduziu basicamente 2 horas de uso por dia. Não ter motivos para mexer no celular além de alguma mensagem ou pesquisa no google, torna ele muito obsoleto.
Principalmente por trabalhar em home office, então mensagens ou pesquisas posso fazer pelo computador.
O que faço com essas duas horas que ganhei?
No começo, nada. O que já era muito bom, sendo que venho de um período de não conseguir ficar sem fazer nada.
No entanto, decidi ficar cada vez mais longe das telas, o que me levou a querer desenhar no papel. E isso me levou a uma paixão bem antiga.
Acredito que desde 2019 eu não pegue num pincel e tinta. E isso será interessante. Ainda tenho algumas pinturas guardas e será legal relembrar isso e aprender mais sobre.
2018 foi um ano em que me virei nos 30 para sobreviver. Então penso que nesse quase equilíbrio dê para dar atenção para as coisas que quero de verdade.
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Esse mês retornamos com O robô além do bosque. Agora estamos no segundo capítulo do meu livro serializado aqui no substack. clique aqui para conhecer.
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Por fim é isso
Obrigado por acompanhar esse projeto, chagamos em 1000 inscrições. Bom demais.
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Escrito por Maicon Moura, que sou eu. Designer Gráfico e Ilustrador. Conheça meus livros publicados. Conecte comigo no LinkedIn. Compre algo na lojinha. Ou apoie assinando.
Ah, o dólar está R$4,99.
Também fiquei um tempo sem as redes no celular e se não fosse o duolingo e telegram, tinha se tornado um aparelho inútil mesmo. Só reinstalei o insta, mas sem nenhuma notificação na real até esqueço que ele está ali.